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8 de out. de 2024

Você conhece o Asfalto Sustentável Feito de Cana-de-Açúcar: Uma Revolução nas Estradas Brasileiras

Imagina uma estrada sustentável com cinzas do bagaço da cana: mais resistente, durável e econômica?

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desenvolveram uma inovação promissora para a pavimentação de rodovias. Eles descobriram uma maneira de substituir o pó-de-pedra do asfalto tradicional por cinza de bagaço de cana-de-açúcar, resultando em um material mais resistente, econômico e ambientalmente sustentável.

Imagine rodar por estradas construídas com um asfalto que não apenas melhora a durabilidade, mas também contribui para a preservação do meio ambiente. Esse avanço, que parecia distante, está cada vez mais próximo de se tornar uma realidade. A pesquisa conduzida pela UEM no Paraná investigou a aplicação da cinza de bagaço de cana em misturas asfálticas, e os resultados foram bastante positivos. Continue lendo para descobrir mais sobre essa inovação.

 


Uma Alternativa Sustentável para o Asfalto

A ideia inicial foi substituir o tradicional pó-de-pedra, componente básico do asfalto, pela cinza de bagaço de cana-de-açúcar — um subproduto gerado em larga escala pela indústria canavieira. Antes considerado um resíduo sem grande utilidade, esse material agora tem o potencial de se tornar fundamental na pavimentação de estradas. 

A aplicação dessa tecnologia foi realizada em um trecho da rodovia BR-158, entre Campo Mourão e Maringá, e já está sendo utilizada pelos motoristas que trafegam na região. O uso da cinza de bagaço de cana não só melhorou o desempenho mecânico do asfalto, tornando-o mais resistente e durável, como também reduziu a dependência de agregados minerais tradicionais.

 


Asfalto de Cana-de-Açúcar: Sustentabilidade e Economia em um Só Produto

Vinícius Hipólito, engenheiro e líder do projeto, destacou a importância dessa inovação: "Vimos uma oportunidade de utilizar esse resíduo para melhorar a resistência do asfalto. Isso é fundamental para otimizar nossos investimentos em infraestrutura." Com esse novo asfalto, é possível reduzir custos e, ao mesmo tempo, aumentar a durabilidade das estradas brasileiras.

Além de proporcionar economia, o uso da cinza de bagaço de cana contribui para a diminuição de resíduos industriais, promovendo um ciclo de reaproveitamento que é benéfico para o meio ambiente. Para aqueles que buscam soluções sustentáveis e inovadoras, essa é uma excelente notícia.


Inovação Aprovação nas Rodovias Brasileiras. 

Os testes com o asfalto de cana-de-açúcar foram realizados diretamente nas rodovias, e os resultados foram bastante promissores. A resistência do material foi confirmada, e a substituição parcial do pó-de-pedra pela cinza de bagaço de cana provou ser uma solução eficaz, com custos menores e desempenho superior.

Essa tecnologia tem grande potencial para ser amplamente utilizada, especialmente em regiões onde a logística e o transporte são essenciais, como no Mato Grosso. O uso de materiais sustentáveis pode transformar a pavimentação dessas estradas, melhorando a eficiência e reduzindo o impacto ambiental.


Benefícios para o Meio Ambiente e Infraestrutura

O uso da cinza de bagaço de cana na pavimentação de estradas vai além da economia e do reaproveitamento de resíduos. Ele representa uma oportunidade de construir uma infraestrutura mais sustentável e eficiente, alinhada aos novos desafios logísticos do Brasil. Melhorar a qualidade das estradas é vital para a economia nacional e pode gerar impactos positivos em diversos setores.

A pesquisa liderada por Vinícius Hipólito, que também atua na Conasa Infraestrutura, responsável por mais de 1.500 quilômetros de rodovias, foi publicada na renomada revista Scientific Reports. Isso demonstra a relevância do estudo e destaca o Brasil na vanguarda de soluções sustentáveis para a construção civil. O asfalto feito de cana-de-açúcar é um passo significativo para uma revolução na pavimentação, com benefícios diretos para as estradas e para a preservação do meio ambiente.

 


Essa tecnologia representa um avanço significativo na construção de estradas, unindo sustentabilidade, economia e eficiência em uma solução inovadora para o futuro da infraestrutura.



 

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Obrigado por assistir e até a próxima!

9 de set. de 2023

País avança na produção de hidrogênio verde

Combustível é tendência global para a descarbonização da economia

Com potencial para ser um dos maiores produtores de hidrogênio verde do mundo, o Brasil tem vantagens naturais associadas a uma matriz elétrica predominantemente renovável. Um projeto desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa e Inovação (RBCIP) e a Aliança da Inovação de universidades do Rio Grande do Sul promete transformar esgoto em água limpa para a produção de hidrogênio verde — fonte de energia não poluente que pode substituir combustíveis derivados de fontes fósseis, como a gasolina, o diesel, o gás e o carvão.

Em uma iniciativa piloto, o grupo estruturou uma rede de laboratórios para a criação de um Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia Renovável e Hidrogênio (CDT-ERH). Será a primeira planta de produção de hidrogênio do país a partir da integração de três fontes: energia fotovoltaica, eólica e a energia do GRID (o sistema nacional de energia elétrica).

Fazem parte da Aliança da Inovação a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

Além da utilização como combustível, os pesquisadores devem avaliar outros usos importantes para o hidrogênio: a produção de gás sintético, e diesel verde, chamado de HVO, de metanol verde, de amônia verde e de fertilizantes verdes.

Tecnologia

No Centro, com o uso de um reator, o esgoto será tratado, e a água limpa servirá para a produção de hidrogênio verde. "A ideia é trabalhar com a viabilidade técnica e econômica do hidrogênio verde não só na esfera pública, mas também na iniciativa privada. Pretendemos envolver em torno de 500 pessoas trabalhando direta e indiretamente nesse projeto, que deve atrair muitos investimentos e ter um impacto muito grande na economia local", disse o pró-reitor da UFRGS, Geraldo Jotz.

O hidrogênio verde (H2V) é obtido por meio de um processo químico conhecido como eletrólise, em que se utiliza corrente elétrica de fonte renovável para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. Segundo o presidente da RBCIP, Marcelo Fiche, a iniciativa é diferente de todas as existentes no paós.

"É uma planta piloto que, além de produzir hidrogênio a partir de energia fotovoltaica, energia eólica e a energia do GRID, permitirá estudos com a integração das três fontes — o que é inédito no Brasil. O objetivo é formar um centro de excelência em hidrogênio verde no sul do país para que empresas privadas possam desenvolver suas pesquisas em parceria", explicou.

Ganhos na exportação

Fiche afirmou que a produção pode, ainda, gerar um valor adicional na comercialização de commodities. "Há uma tentativa de aproveitar o hidrogênio para gerar maior valor agregado em produtos que o Brasil produz. Ao invés de exportar aço, por exemplo, o país pode exportar aço verde (produzido a partir de energia não poluente), exportar amônia verde, e agregar valor. E a própria cadeia de produção de equipamentos na indústria que está nascendo, fortalecendo a indústria nacional", avaliou.

Atualmente, o Brasil não fabrica efetivamente o hidrogênio verde, mas possui alguns projetos em andamento. No entanto, estudos apontam um potencial para a liderança mundial de combustíveis limpos. O país tem 87% da matriz energética oriunda de fontes renováveis, como hidrelétricas, painéis solares e usinas eólicas, com capacidade de expansão dessas fontes.

Uma pesquisa publicada em janeiro pela consultoria alemã Roland Berger, intitulada Green Hydrogen Opportunity in Brazil (Oportunidade de Hidrogênio Verde no Brasil, em português), mostra que o país poderá faturar R$ 150 bilhões por ano com o mercado de H2V até 2050, sendo que R$ 100 bilhões seriam provenientes das exportações da commodity.

Demanda global

Em 2021, a demanda global por hidrogênio foi de 94 milhões de toneladas. A maior parte desta demanda foi suprida por meio de fontes fósseis, geralmente gás natural. A estimativa é de que, até 2050, a demanda pelo combustível de baixo carbono chegará a algo entre 350 milhões e 530 milhões de toneladas por ano. Com o aumento do consumo, países de todo o mundo tentam usar energias renováveis para cumprir o Acordo de Paris com a redução do efeito estufa agravado pelas emissões de carbono.

A guerra na Ucrânia e a elevação do preço do gás russo fizeram vários países europeus anteciparem os planos de transição energética, em particular, os investimentos em hidrogênio renovável.

Entre os principais países que atuam no setor de hidrogênio, destaca-se a Alemanha como grande importador, bem como a Austrália e o Chile como grandes exportadores. Já a China é o maior produtor de hidrogênio do mundo, com uma produção anual de cerca de 33 milhões de toneladas, a maioria de origem fóssil, mas o país pretende ter uma produção anual de hidrogênio verde de 100 mil a 200 mil toneladas até 2025.

Fonte: Rafaela Gonçalves / Correio Braziliense

9 de jul. de 2023

Como é o carro voador brasileiro que Embraer já está negociando mundo afor

O eVTOL da Eve já tem 2,8 mil intenções de compras em todo o mundo

Talvez você não saiba, mas o Brasil é protagonista quando o assunto é carro voador. A startup Eve, subsidiária da Embraer, é uma das maiores desenvolvedoras de eVTOLs, sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, com 2,8 mil intenções de compra pelo mundo. 

Desde 2021, a brasileira Eve vem fechando acordos para a construção de milhares de eVTOLs com empresas de todo o mundo, a maior parte deles com entrega prevista para 2026. Para se ter uma ideia, a empresa projeta que em apenas três anos os brasileiros já possam fazer pequenos trajetos em carros voadores em cidades como o Rio de Janeiro.

"Espera-se que o mercado cresça rapidamente e, em 2035, o Rio de Janeiro poderá ter até 37 vertiportos [pontos de pouso] e 245 eVTOLs. Em um futuro próximo, espera-se que 4,5 milhões de passageiros viajem em mais de 100 rotas anualmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, gerando cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos e US$ 220 milhões em receita anual", diz a empresa em um documento sobre o projeto de mobilidade aérea da capital carioca. 

Em todo o mundo, a expectativa é que, até 2035, 23 mil carros voadores estejam operando em grandes cidades.

Como é o carro voador? 

O conceito do eVTOL lembra mais um helicóptero do que de um carro, mas a promessa é que o preço das viagens seja bem mais democrático. Em entrevistas em todo o mundo, os executivos da Eve afirmam que será comparável ao valor de um corrida de aplicativo com a mesma distância, e a principal razão é a ausência do custo com combustível, já que será elétrico. Segundo a empresa, o custo da viagem por pessoas é seis vezes menor do que em um helicóptero.

Outro detalhe importante: a ideia é que o eVTOL faça percursos curtos, entre 16 e 48 km, e menos de 20 minutos. Dessa forma, o carro voador será um aliado contra os trânsitos caóticos e das grandes cidades. Inicialmente, o veículo será controlado por um piloto, transportando mais quatro pessoas, mas, futuramente, será autônomo - levando seis passageiros. 

O eVTOL da Eve tem uma autonomia de 100 quilômetros. Outra característica é a ausência de ruído das hélices comparado a um helicóptero ou avião. A proposta é que ele não seja um transporte individual, como os carros de hoje em dia, mas algo parecido com táxis e veículos de aplicativo.

A aeronave tem oito hélices dedicadas para voo vertical e asas fixas para voo em cruzeiro, sem alteração na posição desses componentes durante o voo. O conceito mais recente inclui um empurrador elétrico alimentado por motores elétricos duplos que fornecem redundância de propulsão, para garantir segurança. 

A empresa planeja iniciar a montagem de seu primeiro protótipo eVTOL em escala real ainda durante este segundo semestre de 2023, enquanto os testes serão realizados em 2024.

Aonde vão circular? 

A Eve tem uma parceria firmada com a Voar Aviation, que encomendou centenas de carros voadores. A empresa já comentou sobre suas intenções de expandir a atuação para diversas regiões do Brasil, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Vitória, Florianópolis, Camboriú, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. Em todo o mundo, a startup brasileira já fechou acordo com países da Europa, Estados Unidos, Quênia, Singapura, Dubai, Austrália, entre outros.

Legislação é desafio 

Apesar de a tecnologia estar praticamente desenvolvida, a legislação para o funcionamento dos carros voadores será um desafio em todo o mundo. Segundo a subsidiária da Embraer afirma no documento sobre a implementação do projeto no Rio de Janeiro - assinado por entidades como Agência de Aviação Civil do Brasil (Anac), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) -, "governos, indústria e comunidades precisam começar a planejar anualmente a partir de hoje para que os benefícios sejam plenamente realizados".

O documento diz ainda que espera-se que as operações sejam lançadas até 2026. Enquanto isso, é necessário garantir o gerenciamento eficaz do tráfego aéreo, regulamentações comunitárias, tecnologias e infraestrutura que possam oferecer suporte a operações seguras e eficientes.

Fonte: Paula Gama / UOL

O Impacto Ambiental - #paporeto

O meio ambiente é um sistema complexo, onde todos os elementos interagem de forma equilibrada. Mas, quando atividades humanas causam alteraç...